O cenário foi uma fusão entre a arquitetra brutalista em São Paulo com um loft em frente ao Central Park,
Alem de ser marcante pela ideia de grandiosidade e funcionalidade, foi meu primeiro trabalho operando um novo programa de 3D. Ilustrando também algumas fotos da construção…
O ultimo ano do salão do automóvel no Ibirapuera foi 1969. http://pt.wikipedia.org/wiki/1969
Mesmo ano do lançamento do Esplanada GTX,
Motor V8, vermelho-alaranjado com faixas esportivas pretas, painel de jacarandá, e bancos de couro reclináveis,.. vejam só!
Modelo raro, que no mesmo ano seria substituido pela linha Dart.
De volta para casa, sentado no banco de tras, do galaxie branco com estofamento vermelho do meu pai...(pena que é dificil ver essas combinações hj)... estava eu, com cinco anos, e tentava inultimente fazer com que ele se interessa-se pelo modelo esportivo da Chrysler.
Mas meu pai só falava empolgado sobre o modelo zero km da ford.
Marca e modelo do qual foi fiel até o final dos anos oitenta, quando juntos saíram de cena, como velhos dinossauros.
Um pouco antes, eu, parado em frente a Chrysler, petrificado e todo melado do hot-dog das barraquinhas, olhava embascacado o show.
No stand, girando soberbo, preso como em uma roda de um atirador de facas, apoiado sobre as rodas do modelo de luxo, pneu a pneu, alternando também o cenário esportivo ao de luxo, estava o Esplanada GTX.
Gravou no HD!
E em 2008, na Margarida Filmes, reunião de briefing do lançamento do Pajero Full, quando o Carlão Busato começou a descrever o conceito do filme:
Agora em um só carro estavam os conceitos de luxo - Paris - representado por Claude Troisgros, e esportividade - Dakar - Klever Kolberg .
Na hora veio o gosto daquele hot-dog...guaraná champagne e batata chips.
De imediato fui transportado àquele salão, no stand com cheiro de carro novo e onde tudo se mexia...
Baseados nessa experiência emocional, e se utilizando de tecnologia atual ... Demos vida novamente aquela traquitana da época, alternando novamente luxo e esportividade, para um modelo de peso.
Outra boa lembrança desse trabalho foi a locação.
Ter o prédio da Bienal, todo nosso, para criarmos o conceito estético da campanha...
Também em 1969, eu percorria o prédio com uma prima mais velha, o tema era "A arte contra a barbarie da X Bienal de São Paulo".
A oposição dos artistas à ditadura, e a arte pop politicamente engajada.
Fato marcante desses meus cinco anos, inicio de minhas primeiras memórias e de diversas outras visitas a caixa de Niemeyer onde acabei desenvolvendo o gosto pela arte.
Com tudo isso, é claro que me empolguei...
E do giratório todo translucido com luz interna, na forma da logo da marca, com prazos e custos apertados, simplificamos.
Ficou a gota de concreto que fundia com o piso de cimento queimado da fundação.
Fotos da Construção
algumas vezes referências são realmente referências.